Sentado numa mesa
da Antarctica.
Azul. Com pingüins.
A tatuagem nas costas da menina.
Conversa comigo. E me diz.
A vida continua. É grave.
É grávida. E de barriga de fora.
A gravidez oculta da menina-motorista.
Que se revela quando desce do carro.
Comentários dos mais vários. Esquisitos.
A coca-cola em seu último copo.
Garrafa vazia. Sem alma. Transparente.
Porque a alma da coca-cola é negra. E borbulhante.
A coca-cola é onipresente, como Deus.
Mas não é Deus, é só coca-cola.
E eu sei que ela se sente mal ao notar-se
em cima de uma mesa da antarctica.
Enquanto isso, lá de um canto quase escondido do trailer,
uma caixa de papelão me grita: ‘-Beba guaraná!’
Me sinto perdido e não sei mais o que beber.
O que eu faço se agora já é tarde demais
e eu já estou cheio de coca-cola???
Tudo bem, espero descer e tomo uns copos d’água...
Porque a sede sempre volta.
Vasculhe a Gaveta
-
▼
2007
(123)
-
▼
junho
(30)
- SEM MOTIVOS
- NO OCEANO
- IMPROVISO
- LOUCONSUMO
- NAFTALINA
- MUTAÇÃO
- GLOBALIZAÇÃO
- PRECE
- IDEOLOGIA
- INCOLOR
- CIENTÍFICO Nº326
- RAIOS
- DESCALABRO N°85
- SOBREMESA
- PUBLICIDADE
- OS DADOS
- RIMA Nº 394
- DRAMACACOMÉDIA
- PARANORMAL
- BOA NOITE
- BURRO DE CARGA
- BÍPEDE
- FORTE
- CORUJA
- SER SÃO
- SE ACOSTUMAR
- INÚTIL
- EMPREGADO
- BICHO BACANA
- PASSADO
-
▼
junho
(30)
16.6.07
PUBLICIDADE
Nenhum comentário:
Postar um comentário