15.6.07

OS DADOS

Podem roubar tudo de mim
Nunca roubarão meu sonho
Podem me desacreditar
Duvidar de cada palavra minha
Eu continuo acreditando
Em mim, no mundo, nas coisas
No meu niilismo, creio em tudo
Porque não sou ninguém pra duvidar de algo ou alguém
Só sou o alguém que acredita
E que põe a mão no fogo
Mesmo que eu me queime
Eu nasci pra isso, fazer o que?
Poucas coisas realmente importam
E essa é a principal delas, a base
Tudo o mais são ramificações
Desdobramentos, setores, subdivisões
Sub-tipos de problemas, provindos do problema base
Vai saber...
Minha arte é essa
A arte do nada
A arte da embromação
Das palavras bonitas (mas vazias)
Ou talvez nem tão vazias assim..
Vai saber...
Tudo é uma questão de tudo
Enfim, nada mais me resta
Além do que sobrou pra mim
E vou dizer
Sobrou pra mim tudo o que preciso..
A dor, a saudade, a poesia,
Vida, morte, o tempo, música..
Inspirando, expirando e sempre pirando
Vou seguindo os passos que mais me chamam
Vou pelo caminho da gravidade
Como uma balança,
Pra onde mais pesar eu caio
E vou por lá
até que o ponto de equilíbrio mude novamente
A vida é isso, o desequilíbrio em busca do equilíbrio
A eterna balança que nunca para
Pra lá
E pra cá
E pra onde mais o peso pesar
Infinitas possibilidades
Traçadas a cada segundo
E “quem é que joga os dados”,
isso não é pergunta que se faça..
Ação e reação é bem mais simples do que parece
E acho ridículo querer complicar..
Cada um joga os dados, todos juntos, lógico.
(27/03/2006)

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